domingo, 12 de abril de 2015

Reativação do Blog

Boa noite, querido usuários, gostaria de informá-los que o blog voltará a ativa. Gostaria de pedir desculpas pela falta de atualização no Blog.
O blog passou esse tempinho sem ser atualizado por falta de tempo mesmo. Neste breve período ocorreram muitas mudanças na minha vida como troca de trabalho e acesso ao curso de pós-graduação stricto sensu.
Nos próximos dias voltaremos com força total. Com nossos quadros renovados e novos quadros.
Planos de aulas;
Confecção de jogos educativos;
Informática na educação;
Atualidades;
entre outros.

Já no próximo post, estarei falando sobre a confecção de um joguinho educativo usando o AppInventor. Até lá.

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 Sebastião Assunção é Graduado em Ciências da Computação pela UESPI, Especialista em Tecnologias da Educação pela PUC-RIO e Mestrando em Tecnologias e Gestão da EaD pela UFRPE.


sábado, 22 de março de 2014

Simuladão de Conhecimentos Administrativos para concurso - Jogue Agora!

Para você que vai fazer concurso público na área de técnico administrativo aproveite agora e realize este simulado criado pelo Professor Sebastião Assunção. A cada resposta errada o jogo direciona você ao início forçando o jogador a observar bem as questões e evitando erros futuros. Estude e divirta-se! ____________________________________________________________ 

 Sebastião Assunção é Graduado em Ciências da Computação pela UESPI e Especialista em Tecnologias da Educação pela PUC-RIO.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Design Instrucional

Tive acesso recentemente a um conceito bem interessante na área de educação, chama-se Design Instrucional.
Vejam o que a Wikipedia fala a respeito deste interessantíssimo conceito.

Design Instrucional

Design instrucional ou projeto instrucional é o termo comumente usado em português para se referir à engenharia pedagógica.
A engenharia pedagógica trata do conjunto de métodos, técnicas e recursos utilizados em processos de ensino-aprendizagem.1 O termo inglês "instructional design" busca capturar o mesmo significado do francês "ingénierie pédagogique".
Esse campo de estudo trata do ensino-aprendizagem em qualquer contexto, desde o ensino clássico até tendências contemporâneas quanto ao uso de tecnologia, passando pelo treinamento individual, aplicado a empresas ou ainda militar. Emprega-se o design instrucional à concepção de cursos, aulas individuais e à construção de materiais didáticos como impressos, vídeos, softwares ou, de modo mais genérico, qualquer objeto de aprendizagem.
De acordo com FILATRO2 , o design instrucional corresponde à “ação intencional e sistemática de ensino, que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a utilização de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de facilitar a aprendizagem humana a partir dos princípios de aprendizagem e instrução conhecidos”

História

Ao inverter a lógica do pensamento predominante de sua época, atribuindo as consequências como fatores determinantes do comportamento, o psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner, dentre outras coisas, revolucionou o modo de se conceber os processos de ensino e de aprendizagem. Seus experimentos e descobertas acerca do comportamento operante produziram dados empíricos, replicáveis, e resultados efetivos o que despertou o interesse em diversos campos do conhecimento. Na prática, os estudos de Skinner influenciaram desde a metodologia de ensino utilizada em escolas do sistema americano de educação, até o treinamento de soldados do exército dos EUA durante a segunda guerra. Ainda que não existam dados concretos a respeito deste fato, é a este contexto quase atribui o surgimento do conceito de “design instrucional”. Um possível primeiro modelo do que se chamou de “desenho instrucional”, foi desenvolvido pelo exército americano, a partir das descobertas de B.F Skinner sobre o comportamento operante. Este modelo teria sido aplicado ao desenvolvimento e treinamento de soldados para a segunda guerra.
Além da fundamental contribuição de Skinner e da análise do comportamento para o surgimento da ideia de design instrucional, pelo menos dois momentos históricos devem ser citados como marcantes no desenvolvimento do conceito. O primeiro deles é o que os autores da área chamam de “revolução cognitiva”.
O período entre as décadas de 60-70-80, é apontado como um período onde ocorreu uma “revolução” no modo de se conceber a aprendizagem, que teria implicado em uma “superação” do modelo “behaviorista” de design instrucional.
Um segundo momento marcante na história do design instrucional, ocorre no fim dos anos 90 com a popularização das tecnologias computacionais e o nascimento das práticas de ensino à distância, onde o termo começa a aparecer na literatura referindo-se principalmente a profissionais desenvolvedores de E-learning e EAD. No Brasil o primeiro curso de formação em design instrucional, da Universidade Federal de Juiz de Fora, foi iniciado em 2005,oferecido como uma pós-graduação para profissionais de educação. O currículo do curso era direcionado para o planejamento, desenvolvimento, e avaliação do ensino à distância.
O reconhecimento da profissão também é bastante recente. Apenas em Janeiro de 2009, o ministério do trabalho incluiu a profissão de design instrucional na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).

Objetivos

Faz parte dos objetivos da engenharia pedagógica obter os melhores resultados possíveis nos seguintes tópicos:
·         transferência de informações, assegurando não-ambiguidade e clareza de compreensão;
·         retenção de conteúdo, permitindo uso posterior da informação;
·         desenvolvimento de habilidades, como capacidade de resolver problemas;
·         eficiência no uso de recursos, tratando custo e disponibilidade de materiais e tecnologias.
Esses objetivos requerem tratar a influência de diversos aspectos e fatores envolvidos em uma situação de ensino-aprendizagem.
Diferentes teorias de ensino-aprendizagem dão margem a diferentes abordagens em sala de aula e, por conseguinte, devem moldar o material didático utilizado. Considerações de fundo cognitivo e psicológico podem sugerir adaptações específicas na comunicação entre instrutor e aluno.4 Características sócio-culturais e disponibilidade de recursos também afetam o trabalho: por exemplo, a utilização de computadores é afetada pela aceitação e familiaridade com sua operação, banda de internet e conhecimento de informática.
A escolha dos objetivos de aprendizagem é um elemento central de todo o processo. Assim, a memorização de informações é mais associada com uma linha comportamentalista (behaviorismo) e em geral requer meios mais simples. Já a análise de um dado conteúdo se identifica com o ensino baseado em problemas e torna indicado o uso de vivências ou, na falta dessa, o emprego de simulações. Objetivos de aprendizagem podem ser identificados, por exemplo, pela taxonomia ou hierarquia de Benjamin Bloom5

Exemplos

Alguns exemplos de abordagens de engenharia pedagógica são:
·         Os trabalhos de Robert Gagné,6 comumente aplicados com TIC, Tecnologias de Informação e Comunicação.
·         O modelo SAT (Systems Approach to Training) das forças armadas americanas;
·         O Instructional Development Learning System (IDLS)7

Material tradicional X Material Instrucional


Por influência da Teoria Comportamentalista, que entende a aprendizagem como mudança de comportamento por meio de estímulo e resposta – há muitos anos e ainda hoje encontramos escolas que acreditam na aula expositiva como estratégia ideal para trabalhar conceitos (teoria), e utilizam-se de exercícios de verificação da aprendizagem como estratégia para o desenvolvimento da prática. São estratégias que exigem do aluno a devolução de todo o conhecimento transmitido pelo professor, ou seja, a reprodução mecânica da teoria. Neste contexto o material didático produzido é formulado para o alcance deste objetivo, priorizando localização de informações, memorização, mecânica de operações – e portanto denominado material tradicional. Diferente do ensino presencial, onde o professor utiliza o material didático definindo passos da aula e replanejando simultameamente, na EAD os objetivos da aula devem ficar claros desde o início para que o aluno saiba o que se espera com a atividade. Portanto a atividade deve ser significativa – parte central da aula – pois assumirá o caráter interativo encontrado nas aulas presenciais. Daí a relevância do material autoinstrucional que precisa conter as seguintes características[1]:
·         Identificar a tarefa;
·         Informar os objetivos da aprendizagem;
·         Ser formativo – mobilizando habilidades e competências;
·         Ser processual – graduando a complexidade das atividades;
·         Provocar reflexão sobre a prática;

·         Levar a mudança de comportamentos, valores e atitudes.

Fonte: imagem: https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&docid=Y5L0rP8mawkCEM&tbnid=MNCJr-zZsO3kSM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.redepeabirus.com.br%2Fredes%2Fform%2Fpost%3Ftopico_id%3D24923&ei=ByDMUsCwA9PKkAex9ICoAQ&bvm=bv.58187178,d.eW0&psig=AFQjCNG1A08g0L4nna3d2tWInlRblfIHmQ&ust=1389195420030533

Fonte: texto: pt.wikipedia.org/wiki/Design_instrucional
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Sebastião Assunção é Graduado em Ciências da Computação pela UESPI e Especialista em Tecnologias da Educação pela PUC-RIO.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Artigo: Internet: uma moeda de duas faces?

Fonte da imagem: www.cearanews.com.br 
Indiscutivelmente a internet foi uma das maiores revoluções na história do homem moderno. Fechamos o segundo milênio com chave de ouro ao consolidarmos a internet como o principal meio de comunicação da humanidade. Já se passou 13 anos de um novo século o XXI. Muitos nem pensavam que poderíamos chegar tão longe, no entanto chegamos. E a internet com isso? Como a humanidade passou a ser tão dependente de um único meio de comunicação tão rapidamente. O que é internet? Tudo que está na internet é verdade? Vejo muitos questionamentos sobre a internet no meu dia a dia. Vejo que as pessoas ainda possuem sérias dúvidas sobre o funcionamento desta tão intrigante rede. Vejo que muitos estão usando-a de forma incorreta, não só jovens, mas profissionais que deveriam observar de um ângulo diferente as vantagens e desvantagens de uma rede mundial de computadores.
Se não fosse pela internet provavelmente você nem estaria lendo este texto agora. Não sei nem mesmo se seria publicado em algum jornal escrito ou livro. O fato é que milhares de opiniões chegam ao alcance de bilhões de pessoas a todo o momento e nem sempre sabemos diferenciar o que é correto do que é falso. Como saber se o que escrevi aqui é correto? Mas porque resolvi escrever este texto mesmo? Talvez seja porque dias desses vi uma professora “elaborando” uma avaliação que seria impressa para mais de 1000 estudantes e a mesma havia algumas questões com as respostas confusas e algumas até mesmo com a resposta errada. Ao ser questionado pelo rapaz que iria fotocopiar as avaliações sobre essas questões a professora respondeu que as tinha tirado da internet e por isso estariam corretas. Tal fato gerou um pequeno debate no setor onde a moça trabalhava e um pequeno grupo foi formado para analisar as avaliações.
Tal situação acontece a todo o momento no mundo. Milhares de pessoas colhem informações na rede e simplesmente não buscam por fontes corretas e acabam realizando trabalhos equivocados ou mesmo passando informações erronias a seus clientes, alunos, professores entre outros. A todo o momento estudantes ávidos por abreviarem trabalhos escolares ou jornalistas que não procuram ir a fonte da verdade apenas replicam informações encontradas na própria rede passando inverdades a frente.
Há 03 anos um site de Teresina, capital do Piauí, publicará que as músicas de natal estariam proibidas por lei municipal. Vários sites nacionais replicaram a informação, inclusive grandes portais de notícias. Não sabiam eles que a fonte da notícia era um site de humor que só publica notícias de ficção. Dias depois os grandes portais tiveram que se desculpar com seus leitores. Se eles erram porque não erraríamos também.

Recentemente vi em meu perfil no facebook um comunicado na linha de tempo de vários amigos que em 72 horas o mesmo se tornaria pago e o usuário deveria colocar aquele texto em seu perfil para se livrar do pagamento. Não sei quem criou a brincadeira mais deve está sorrindo até agora. Pois muitas pessoas acreditaram só porque estava lá na internet. Não tiveram nem o trabalho de pesquisar pra saber se a informação era verídica. Meu deus que saudade do tempo da televisão!

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Sebastião Assunção é Graduado em Ciências da Computação pela UESPI e Especialista em Tecnologias da Educação pela PUC-RIO. Atualmente é gestor e Organizador do Projeto UCA – Um Computador por Aluno na Escola Municipal Raimundinha Carvalho, na cidade de Floriano.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Softwares Encontrados nos computadores – PROINFO






Os computadores oferecidos pelo Programa Proinfo vêm com o Sistema Operacional Linux Educacional do Mec, sistema esse desenvolvido especialmente para funcionar nos laboratórios de Informática. A vantagem deste sistema operacional, além de ser gratuito, é a grande quantidade de softwares educativos inseridos que vão desde jogos de matemática a atividades de lógica de programação. Os principais programas inseridos são:
·         BrOficce - Nele estão instalados o Impress, o Base, Draw, o Calc e o Writer. – estes programas são muito parecido com as versões 2003 do pacote Office da MicroSoft.

Na parte da Internet, temos os navegadores Firefox e o Konqueror. Temos inclusive o Messenger para Linux (aMSN). Distribuições Linux mais modernas já apresentam navegadores Chrome.
Para visualizar arquivos em.pdf, o Linux Educacional apresenta o Okular.
Na parte de Gráficos, encontramos o GIMP, Inkscape, Muan, PDF Editor, Kolourpaint, DigiKam, Ksnapshot e Gwenview.
Na parte de multimídia encontramos:
§  Editor de Audio Audacity – Um dos melhores editores de áudio gratuito disponível na internet e funciona em Windows e Linux; ótimo para a edição de podcast. O áudio após a edição pode ser armazenado em MP3.
§  Editor de Vídeo Kdenlive,
§  Editor de Vídeo Avidemux,
§  Editor de Vídeo Kino,
§  Mixagem de Som Kmix,
§  Multimedia Converter,
§  Gravação de CD/DVD K3b,
§  Reprodutor Áudio Amarok,
§  Reprodutor Multimídia VLC Media Player,
§  Webcam XawTV

O Linux Educacional é voltado, principalmente, para escolas, embora possa ser utilizado em computadores domésticos.
Programas educacionais
1.1.        Ambiente de programação
§  Linguagem Logo (KTurtle) – ótimo programa para o desenvolvimento do raciocínio lógico dos estudantes. O programa pode ser usado também para a criação de figuras geométricas através de fácil sequência de programação.
§  Linguagem de Programação (Squeak)

1.2.        Ciência
§  Tabela Periódica dos Elementos (Kalzium)
§  Teoria dos grafos de Rocs
1.3.        Física
§  Simulador físico interativo (Step)
1.4.        Geografia
§  Globo na área de trabalho (Marble)
§  Planetário virtual (KStars)
§  Treinamento em Geografia (KGeography)
1.5.        Idiomas
§  Aprender o Alfabeto (KLettres)
§  Ferramenta de referência/Estudo do Japonês (Kiten)
§  Jogo da forca (KHanMan)
§  Jogo da Ordenação de Letras (Kanagram) – Excelente opção para a Educação infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.
§  Treinador de Vocabulário (Parley)
1.6.        Jogos
§  41 jogos, incluindo Sudoku, xadrez, TuxMath e Homem-Batata.
1.7.        Matemática
§  Calculadora Gráfica (KAlgebra)
§  Desenho com funções matemáticas (KmPlot)
§  Exercícios com frações (KBruch)
§  Geometria Dinâmica (GeoGebra)
§  Geometria Interativa (Kig)
§  software Matemático (Cantor)
1.8.        Multidisciplinar
§  Série Educacional (Gcompris)
§  Desenho (Tux Paint)
1.9.        Português
§  Jogo Simon Diz (Blinken)
§  Treinador de Vocabulário (KWordQuiz)
Assim coordenadores e professores poderão planejar suas aulas sob os programas citados acima. Cabe ressaltar que além dos softwares instalados nos computadores do Programa Proinfo a internet oferece uma quantidade muito variada de softwares e plataformas on line que podem ser utilizadas livremente.
Entre esses serviços, podemos citar:
1.10.      Buscas e pesquisas: Professores e estudantes podem pesquisar termos, assuntos da aula e realizar pesquisas avanças para dinamizar as aulas e otimizar o processo de ensino e aprendizagem.
·         Google www.google.com;
·         Wikipédia – enciclopédia - www.wikipedia.org.br
·         Cadê – www.cade.com.br
·         Bing – www.bing.com
1.11.      Mídias on line: Professores e estudantes com a ajuda de softwares instalados no computador poderá criar vídeos e programas de rádio e utilizar sítios on line para compartilhá-los. Além de vídeos e áudio a internet oferece bons meios de divulgação de trabalhos como blogs e redes sociais.
·         Youtube – www.youtube.com – permite o compartilhamento de vídeos e a criação de canais próprios – assim uma boa alternativa seria cria o canal da escola no youtube;
·         Podcast – www.podcastonline.com – para a disponibilização de áudios gravados por professores e estudantes e disponibilizados na rede;
·         Blogspot – www.blogspot.com – sítio especializado na criação e compartilhamento de blogs – Os professores e estudantes podem criar o jornal on line da escola e disponibilizá-lo na internet através de blogs.
·         Orkut, facebook e assemelhados – para incentivar o uso das tecnologias professores podem criar grupos de discussões on line e atribuir nota aos estudantes que participarem a vantagem destas redes sociais é que os grupos podem ser fechados e participar somente estudantes de uma determinada turma ou dividi-la por assuntos.
·         Plataformas WIKI – plataformas WIKI são espaços disponibilizados na internet onde o próprio usuário cria seus verbetes e pesquisas, sendo que os textos podem ser editados por outros usuários.
1.12.      Sítios educacionais: Eterna fonte de pesquisa para professores e gestores. Alguns destes sites oferecem panos de aulas, dicas e orientações.
·         Portal do Professor – www.portaldoprofessor.mec.gov.br;
·         E-proinfo – www.e-proinfo.mec.gov.br – portal de formação de professores do mec;
·         Muitos sítios de grandes empresas como UOL, Globo, Microsoft, Claro, Itaú entre outros disponibilizam sítios próprios com conteúdos educacionais;

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Sebastião Assunção é Graduado em Ciências da Computação pela UESPI e Especialista em Tecnologias da Educação pela PUC-RIO. Atualmente é gestor e Organizador do Projeto UCA – Um Computador por Aluno na Escola Municipal Raimundinha Carvalho, na cidade de Floriano.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Universidade Federal do Piauí retoma as atividades do Projeto UCA

Estão reunidos durante todo o dia de hoje e amanhã o Primeiro Encontro do Projeto UCA - Um Computador Por Aluno no ano de 2013. O projeto teve uma pausa desde o fim do ano passado. Estão participando do encontro os Professores da Escola Municipal Raimundinha Carvalho, Nileide Vieira, Irandeldi Silva e o Gestor da Escola Edwio Soares. Além deste a Secretaria Municipal de Educação de Floriano enviou o Professor Marcos Sergio e o Professor Sebastião Assunção, ex-coordenado do projeto na cidade de Floriano.
O encontro marca o início dos trabalhos com o laptop educacional nas escolas contempladas em todo o estado. A volta das atividades de formação na sede da UFPI e na escola. 

Artigo - Informática na Educação - Aulas de Informática na Escola Municipal Raimundinha Carvalho


As aulas de informática sempre causaram confusão entre professores de informática e coordenadores escolares devido à metodologia que seria usado para repassar tal conhecimento às crianças. Muitas escolas utilizam a informática como uma ferramenta de apoio pedagógico. Mas como isso funciona? Nas principais escolas pesquisadas o laboratório de informática fica a dispor dos professores das disciplinas curriculares a espera que estes possam planejar uma aula com a utilização do computador pelos alunos.
O problema é que este tipo de metodologia nem sempre funciona, principalmente na cidade de Floriano, isto porque, os laboratórios de informática não dão suporte necessário a outras disciplinas, os professores não têm o preparo nem o conhecimento necessário para, nem mesmo, planejarem uma aula no laboratório de informática. Segundo o coordenador de informática desde 2009 que a escola tenta implantar um programa de treinamento em informática, mas não consegui. Na maioria das vezes os próprios professores manifestam desinteresse pelo curso ou encontram justificativas para não participarem dos treinamentos.
Outro fator que contribui para o isolamento dos laboratórios de informática está centrado nas próprias crianças. A grande dúvida é qual a idade para se começar a trabalhar os conceitos de informática na escola. Sabemos que as crianças entram em contato cada vez mais cedo com os computadores seja em casa, nas lan houses ou mesmo na escola. Mas a idade para se trabalhar com essas crianças ainda não foi definida claramente.
No entanto, tais problemas não impediu a escola Municipal Raimundinha Carvalho, de trabalhar um currículo diferente para as aulas de informática na escola. O primeiro passo foi a separação do que se podia trabalhar em determinadas séries, criando um padrão de ensino aprendizagem na área de informática dentro dos padrões dos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) e a interdisciplinaridade. Assim buscou-se trabalhar editores de texto com a disciplina de Língua Portuguesa, Planilhas eletrônicas com matemática e assim por diante.
Para as crianças mais novas, um psico - pedagogo trabalha os conhecimentos elementares da informática com um material desenvolvido na própria escola. Nestas séries os estudantes recebem noções básicas e itens como hardware e software são vocábulos constantes nas conversas e nas atividades dos pequenos.
Assim buscamos um aprofundamento desta experiência pedagógica em laboratórios de informática, observando suas vantagens e suas desvantagens no contexto da educação no processo de ensino-aprendizagem.  
Para a grande maioria dos alunos da escola Municipal Raimundinha Carvalho o único contato deles com o computador acontece na escola. Assim as aulas de informática não são somente “aulas de informática” é a chance de essas crianças entrarem em contato com o mundo inteiro. De conhecer lugares, pessoas e culturas diferentes das suas. As aulas de informática é um tipo de inclusão, não só digital, mas muito mais social. Assim desde o ano de 2010 a escola Raimundinha Carvalho, do município de Floriano vem testando um novo método para as aulas de informática.
As crianças matriculadas na 1ª série do ensino fundamental têm uma visão geral sobre o que é a informática, através de uma apostila elaborada e produzida na própria escola que aborda vários temas interdisciplinares e pequenos softwares. Os mais usados para esta etapa são o Paint (no Windows) ou o Draw e o TuxPaint (em distribuições Linux) para a confecção de desenhos e para textos os professores utilizam o bloco de notas ou programas similares do Linux.
Dentro do conteúdo trabalhado nesta série, professores de informática e professores de sala discutem e planejam juntos às aulas. Temas como direitos e deveres, educação no trânsito, partes de um vegetal entre outros. Tais conteúdos são divididos e estudados nas duas séries iniciais do Ensino Fundamental.
Com uma boa base de conhecimento em informática, os alunos da 3ª série trabalham especificamente a disciplina Língua Portuguesa juntamente com o software para editoração de textos. Os mais utilizados nas aulas são o Word (do pacote Office para Windows) ou o Write (do pacote OpenOffice para Linux).
Nas aulas de informática os alunos seguem um determinado cronograma que prever todas as aulas desde a primeira até a última. Esses alunos devem, acompanhados pelo professor de Língua Portuguesa, escrever um livro. As criações dos alunos são impressas e apresentados a comunidade em um evento realizado pela escola no final do ano letivo.
Os estudantes da 4ª série têm uma visão bem ampliada dos cálculos matemáticos com a utilização de planilhas eletrônicas. A metodologia aplicada neste contexto é usar os conhecimentos que os alunos adquirem em sala de aula com a disciplina de matemática e possam está utilizando esse conhecimento nas aulas de informática. Além dos conteúdos vistos em sala de aula o professor de informática dar uma ênfase maior no conteúdo com a utilização de softwares como o Excel ou o Calc, programa de computadores específicos para a criação e manipulação de fórmulas matemáticas, noções de lógica e construção de gráficos e tabelas. No fim do ano letivo os alunos devem apresentar como trabalho de conclusão da disciplina de informática sua planilha de notas completo juntamente com um gráfico mostrando a evolução do aluno nos quatro bimestres do ano letivo.
Este, talvez, seja a série mais esperada pelas crianças que estudam na Escola Municipal Raimundinha Carvalho, é porque na quinta série começam as aulas de internet propriamente dita, antes disso os alunos utilizam a internet somente para pesquisa e com a ajuda de um monitor. A partir de então o professor de informática cria, junto com seus alunos, e-mails, e começa então a confecção de uma página pessoal na internet para cada aluno. O programa utilizado para a confecção de páginas de internet é o bloco de notas (se o computador for equipado com Windows) ou um editor de texto qualquer em computadores Linux. Os navegadores utilizados são o Internet explore, Fire Fox ou o Chrome.
O professor de informática, agora, recebe auxílio do professor de inglês, já que para a confecção das páginas de internet, as crianças deverão aprender uma linguagem própria para a criação dessas páginas o HTML. Para a criação dos botões e folders que vierem a utilizar na confecção da página os alunos utilizam os conhecimentos adquiridos anteriormente em softwares como o Paint, por exemplo. Os trabalhos são realizados em duas etapas, a primeira com a construção do site (off-line) e a segunda parte consiste na publicação da home-page e manutenção da mesma.
Para o 7º ano estamos trabalhando uma rádio on-line, juntamente com o professor de Língua Portuguesa que ajuda na criação dos roteiros dos programas. O 8º ano trabalha edição de imagens, principalmente fotos e trabalhos publicitários com a ajuda do professor de artes. E no 9º ano os estudantes metem a mão na massa, literalmente, com o curso de montagem e manutenção de microcomputador, os trabalhos são realizados com a colaboração do professor de Ciências (Química e Física).
Talvez esta não seja a melhor forma de ensinar informática em laboratórios de informática. Muitos estudiosos poderiam até dizer que o computador é somente uma ferramenta para auxiliar os professores das disciplinas auxiliares. Mas como o aluno vai realizar pesquisas ou mesmo estudar determinada atividade no computador se ele nem mesmo reconhece seu funcionamento? A solução encontrada pela escola Municipal Raimundinha Carvalho pode não resolver todos os problemas da escola. Mas mostrou durante todo o ano de 2010 que é uma formula válida para a realização da inclusão digital e social de seus alunos. Alunos estes que só tocam um computador na escola.
O computador não deixou de ser uma ferramenta para o auxilio do professor de sala de aula, ele só ganhou um redirecionamento pois, agora os alunos podem estudar diretamente no laboratório de informática disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, Língua Inglesa, física, além das disciplinas de formação do caráter social da criança.

Verificou-se neste período que as crianças estiveram mais tempo na escola, as aulas de informática além de ensinar contribuiu para a melhoria do comportamento dos alunos em sala de aula e no aproveitamento final de suas notas associando a prática do laboratório de informática a teoria de sala de aula.
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Sebastião Assunção é Graduado em Ciências da Computação pela UESPI e Especialista em Tecnologias da Educação pela PUC-RIO. Atualmente é gestor e Organizador do Projeto UCA – Um Computador por Aluno na Escola Municipal Raimundinha Carvalho, na cidade de Floriano.