terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Design Instrucional

Tive acesso recentemente a um conceito bem interessante na área de educação, chama-se Design Instrucional.
Vejam o que a Wikipedia fala a respeito deste interessantíssimo conceito.

Design Instrucional

Design instrucional ou projeto instrucional é o termo comumente usado em português para se referir à engenharia pedagógica.
A engenharia pedagógica trata do conjunto de métodos, técnicas e recursos utilizados em processos de ensino-aprendizagem.1 O termo inglês "instructional design" busca capturar o mesmo significado do francês "ingénierie pédagogique".
Esse campo de estudo trata do ensino-aprendizagem em qualquer contexto, desde o ensino clássico até tendências contemporâneas quanto ao uso de tecnologia, passando pelo treinamento individual, aplicado a empresas ou ainda militar. Emprega-se o design instrucional à concepção de cursos, aulas individuais e à construção de materiais didáticos como impressos, vídeos, softwares ou, de modo mais genérico, qualquer objeto de aprendizagem.
De acordo com FILATRO2 , o design instrucional corresponde à “ação intencional e sistemática de ensino, que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a utilização de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de facilitar a aprendizagem humana a partir dos princípios de aprendizagem e instrução conhecidos”

História

Ao inverter a lógica do pensamento predominante de sua época, atribuindo as consequências como fatores determinantes do comportamento, o psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner, dentre outras coisas, revolucionou o modo de se conceber os processos de ensino e de aprendizagem. Seus experimentos e descobertas acerca do comportamento operante produziram dados empíricos, replicáveis, e resultados efetivos o que despertou o interesse em diversos campos do conhecimento. Na prática, os estudos de Skinner influenciaram desde a metodologia de ensino utilizada em escolas do sistema americano de educação, até o treinamento de soldados do exército dos EUA durante a segunda guerra. Ainda que não existam dados concretos a respeito deste fato, é a este contexto quase atribui o surgimento do conceito de “design instrucional”. Um possível primeiro modelo do que se chamou de “desenho instrucional”, foi desenvolvido pelo exército americano, a partir das descobertas de B.F Skinner sobre o comportamento operante. Este modelo teria sido aplicado ao desenvolvimento e treinamento de soldados para a segunda guerra.
Além da fundamental contribuição de Skinner e da análise do comportamento para o surgimento da ideia de design instrucional, pelo menos dois momentos históricos devem ser citados como marcantes no desenvolvimento do conceito. O primeiro deles é o que os autores da área chamam de “revolução cognitiva”.
O período entre as décadas de 60-70-80, é apontado como um período onde ocorreu uma “revolução” no modo de se conceber a aprendizagem, que teria implicado em uma “superação” do modelo “behaviorista” de design instrucional.
Um segundo momento marcante na história do design instrucional, ocorre no fim dos anos 90 com a popularização das tecnologias computacionais e o nascimento das práticas de ensino à distância, onde o termo começa a aparecer na literatura referindo-se principalmente a profissionais desenvolvedores de E-learning e EAD. No Brasil o primeiro curso de formação em design instrucional, da Universidade Federal de Juiz de Fora, foi iniciado em 2005,oferecido como uma pós-graduação para profissionais de educação. O currículo do curso era direcionado para o planejamento, desenvolvimento, e avaliação do ensino à distância.
O reconhecimento da profissão também é bastante recente. Apenas em Janeiro de 2009, o ministério do trabalho incluiu a profissão de design instrucional na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).

Objetivos

Faz parte dos objetivos da engenharia pedagógica obter os melhores resultados possíveis nos seguintes tópicos:
·         transferência de informações, assegurando não-ambiguidade e clareza de compreensão;
·         retenção de conteúdo, permitindo uso posterior da informação;
·         desenvolvimento de habilidades, como capacidade de resolver problemas;
·         eficiência no uso de recursos, tratando custo e disponibilidade de materiais e tecnologias.
Esses objetivos requerem tratar a influência de diversos aspectos e fatores envolvidos em uma situação de ensino-aprendizagem.
Diferentes teorias de ensino-aprendizagem dão margem a diferentes abordagens em sala de aula e, por conseguinte, devem moldar o material didático utilizado. Considerações de fundo cognitivo e psicológico podem sugerir adaptações específicas na comunicação entre instrutor e aluno.4 Características sócio-culturais e disponibilidade de recursos também afetam o trabalho: por exemplo, a utilização de computadores é afetada pela aceitação e familiaridade com sua operação, banda de internet e conhecimento de informática.
A escolha dos objetivos de aprendizagem é um elemento central de todo o processo. Assim, a memorização de informações é mais associada com uma linha comportamentalista (behaviorismo) e em geral requer meios mais simples. Já a análise de um dado conteúdo se identifica com o ensino baseado em problemas e torna indicado o uso de vivências ou, na falta dessa, o emprego de simulações. Objetivos de aprendizagem podem ser identificados, por exemplo, pela taxonomia ou hierarquia de Benjamin Bloom5

Exemplos

Alguns exemplos de abordagens de engenharia pedagógica são:
·         Os trabalhos de Robert Gagné,6 comumente aplicados com TIC, Tecnologias de Informação e Comunicação.
·         O modelo SAT (Systems Approach to Training) das forças armadas americanas;
·         O Instructional Development Learning System (IDLS)7

Material tradicional X Material Instrucional


Por influência da Teoria Comportamentalista, que entende a aprendizagem como mudança de comportamento por meio de estímulo e resposta – há muitos anos e ainda hoje encontramos escolas que acreditam na aula expositiva como estratégia ideal para trabalhar conceitos (teoria), e utilizam-se de exercícios de verificação da aprendizagem como estratégia para o desenvolvimento da prática. São estratégias que exigem do aluno a devolução de todo o conhecimento transmitido pelo professor, ou seja, a reprodução mecânica da teoria. Neste contexto o material didático produzido é formulado para o alcance deste objetivo, priorizando localização de informações, memorização, mecânica de operações – e portanto denominado material tradicional. Diferente do ensino presencial, onde o professor utiliza o material didático definindo passos da aula e replanejando simultameamente, na EAD os objetivos da aula devem ficar claros desde o início para que o aluno saiba o que se espera com a atividade. Portanto a atividade deve ser significativa – parte central da aula – pois assumirá o caráter interativo encontrado nas aulas presenciais. Daí a relevância do material autoinstrucional que precisa conter as seguintes características[1]:
·         Identificar a tarefa;
·         Informar os objetivos da aprendizagem;
·         Ser formativo – mobilizando habilidades e competências;
·         Ser processual – graduando a complexidade das atividades;
·         Provocar reflexão sobre a prática;

·         Levar a mudança de comportamentos, valores e atitudes.

Fonte: imagem: https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&docid=Y5L0rP8mawkCEM&tbnid=MNCJr-zZsO3kSM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.redepeabirus.com.br%2Fredes%2Fform%2Fpost%3Ftopico_id%3D24923&ei=ByDMUsCwA9PKkAex9ICoAQ&bvm=bv.58187178,d.eW0&psig=AFQjCNG1A08g0L4nna3d2tWInlRblfIHmQ&ust=1389195420030533

Fonte: texto: pt.wikipedia.org/wiki/Design_instrucional
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Sebastião Assunção é Graduado em Ciências da Computação pela UESPI e Especialista em Tecnologias da Educação pela PUC-RIO.

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